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Porque seria?

23/02/2010
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«O próprio facto da reunião d´estas assembléas, embora em períodos irregulares e a arbítrio do rei, attesta a sua importância. De certo que, se a coroa, triumphante já o absolutismo, encontrasse em taes ajuntamentos, embaraços sérios ao exercício da sua plena vontade, a última reunião houvera sido ainda antes de 1697; mas por outro lado, se não existisse uma vantagem reconhecida n`alguns casos em transigir com esse antigo dever de ouvir as cortes, porque as convocariam os reis? Porque seria que depois de já absorvidos pelo poder central tantos foros e liberdades, o princípio tradicional de que só em cortes podiam os monarchas lançar pedidos e talhas foi aquelle que menos vezes deixou de se observar?», in BARROS, Henrique da Gama – «Historia da Administração Publica em Portugal, séculos XII a XV», Tomo I, Lisboa, Imprensa Nacional, 1885, p. 565.

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