A II.ª República Portuguesa…
«Crianças vestem-se com fardas da Mocidade para reviver 100 anos de República
E por que não uns carros alegóricos alusivos à tortura exibindo os instrumentos usados pela PIDE no seu digno ofício? Ou então vestir alguns miúdos de prisioneiros do Tarrafal e pô-los a trabalhos forçados por razões puramente pedagógicas. Isso é que era “proporcionar à cidade de Aveiro um belo momento de revisão da nossa história recente”, como muito bem explicou o excelentíssimo director do agrupamento de escolas de Aveiro, senhor doutor Carlos Magalhães. E as mães (e os pais) de Aveiro, nada têm a dizer? Ou só se irão preocupar se uma qualquer Bruna Real começar a dar aulas de música às vossas crianças?». Daniel Oliveira, in «Arrastão».
Percebo a indignação de Daniel Oliveira com a iniciativa do director das escolas de Aveiro.
No entanto, os republicanos portugueses, têm de reconhecer que, pelo menos metade dos 100 anos de República que festejam, foi um tempo de: autoritarismo; censura e polícia política.
Pensar o contrário, como alguns pretendem fazer, ao defender que só agora vivemos a nossa II.ª República, pouco mais é do que puro «revisionismo histórico.»